Esta exceção reconhece o estatuto da cortiça como um recurso natural insubstituível.
O acordo comercial divulgado estabelece que, a partir de 1 de setembro de 2025, os EUA aplicarão apenas a tarifa de Nação Mais Favorecida (NMF) a "recursos naturais indisponíveis (incluindo cortiça)". A notícia teve um impacto imediato e positivo no mercado de capitais português.
As ações da Corticeira Amorim, líder mundial do setor, dispararam, registando uma valorização de 5,24% e fechando a 8,03 euros, o que impulsionou o índice PSI a ultrapassar os 8.000 pontos pela primeira vez desde 2011.
A Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) salientou que a decisão representa o "reconhecimento internacional da especificidade geográfica única da cortiça", cuja matéria-prima é produzida exclusivamente na bacia mediterrânica.
A ausência de alternativas e a importância estratégica para a indústria vitivinícola norte-americana, a quarta maior do mundo, foram fatores determinantes para esta isenção. A medida é vista como crucial para "inverter as recentes tendências das exportações portuguesas de cortiça, garantindo maior competitividade" num dos mercados mais relevantes para o setor.













