Em resposta, grandes operadores logísticos como a DHL já anunciaram limitações temporárias nos seus serviços.

A nova política, que entra em vigor a 29 de agosto, elimina a isenção "de minimis", que permitia a entrada de mercadorias com valor inferior a 800 dólares sem pagamento de taxas alfandegárias.

Agora, serão aplicadas tarifas entre 80 e 200 dólares por cada artigo.

O governo de Donald Trump justificou a medida como uma forma de "fechar uma brecha catastrófica utilizada, entre outras coisas, para evitar impostos alfandegários e enviar opióides sintéticos e outros produtos perigosos".

As estatísticas da agência de Proteção de Fronteiras dos EUA indicam que estes pequenos pacotes representam 98% dos estupefacientes apreendidos em 2024.

A reação da indústria logística foi imediata.

A transportadora alemã DHL informou que só poderá enviar para os EUA encomendas de particulares declaradas como "presente" com valor até 100 dólares. Encomendas que excedam este valor terão de ser enviadas como "envio rápido", que é mais caro.

Outros serviços postais europeus, como os da Áustria, Bélgica, Noruega e o sueco-dinamarquês Postnord, também anunciaram limitações semelhantes, sinalizando uma disrupção significativa nas cadeias de abastecimento do comércio eletrónico global.