Embora a Comissão Europeia considere o acordo como o "cenário mais favorável" negociado com Washington, a medida gerou apreensão em vários setores e foi vista com preocupação por líderes económicos.
A nova pauta aduaneira, que substituiu uma anterior de 30%, faz parte de uma política protecionista mais ampla da administração Trump, que abrange desde produtos industriais a bens de consumo. A declaração conjunta entre os dois blocos comerciais estabelece que os EUA aplicarão "a tarifa mais elevada entre a Nação Mais Favorecida (NMF) dos Estados Unidos ou uma tarifa de 15%, composta pela tarifa NMF e uma tarifa recíproca".
O acordo, que entrou em vigor após um período de tréguas, pretende dar "estabilidade e previsibilidade" às trocas comerciais, segundo o comissário europeu para o Comércio, Maroš Šefčovič.
No entanto, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, admitiu que a tarifa média efetiva, estimada entre 12% e 16%, é "um pouco mais elevada" do que as projeções base do BCE, alertando para o seu impacto no crescimento da zona euro.
A decisão reflete um esforço para equilibrar a proteção da indústria americana com a manutenção das relações comerciais, mas a sua implementação e as isenções setoriais continuam a ser um ponto de tensão e incerteza para a economia europeia.













