A nova política, que impõe taxas entre 80 e 200 dólares a artigos com valor inferior a 800 dólares, visa "fechar uma brecha catastrófica", mas está a perturbar gravemente o comércio eletrónico.

A medida, que entrou em vigor a 29 de agosto, foi justificada pela Casa Branca com o crescimento desmesurado de pequenas encomendas, que passaram de 134 milhões em 2015 para mais de 1,36 mil milhões em 2024, e com a necessidade de combater o envio de produtos perigosos, como opioides sintéticos, e evitar impostos.

Em resposta, os CTT anunciaram a suspensão do serviço "pelo tempo estritamente necessário para a implementação destas alterações".

A alemã DHL, um parceiro crucial dos CTT, também limitou os envios de particulares a "presentes" com valor até 100 dólares, uma medida seguida por serviços postais na Áustria, Bélgica, Noruega e Suécia-Dinamarca. A decisão impacta significativamente as exportações portuguesas, uma vez que, segundo os artigos, quase 90% dos envios de Portugal para os EUA são produtos de beleza e higiene.

A notícia teve repercussões imediatas no mercado, com as ações dos CTT a desvalorizarem em bolsa.