Esta abordagem de "nearshoring" visa proteger a operação da guerra comercial e reforçar a resiliência da sua cadeia de abastecimento. A decisão, formalizada num acordo com o Governo português, garante um investimento de 600 milhões de euros na modernização da fábrica, com um apoio estatal de 30 milhões de euros para a descarbonização.
Thomas Hegel Gunther, diretor-geral da Autoeuropa, sublinhou a importância estratégica desta escolha: "O nosso plano é produzir o carro elétrico na Europa para os nossos clientes europeus; isto é um aspeto extremamente importante".
Ao focar-se no mercado europeu, a produção do ID.Every1, que arranca em 2027, fica imune às tarifas impostas pelos EUA.
Esta estratégia reflete uma tendência crescente na indústria automóvel de regionalizar a produção para reduzir a exposição a riscos geopolíticos e tarifários.
Christian Vollmer, administrador do grupo Volkswagen, reforçou a confiança em Portugal, descrevendo o país como "estável, aberto e focado no futuro".
Apesar da segurança para a Autoeuropa, a indústria europeia de componentes automóveis, representada pela CLEPA, continua apreensiva, defendendo um teto tarifário de 15% para setores-chave como o automóvel e os semicondutores para garantir estabilidade.













