O acordo representa uma mudança significativa na política comercial da administração Trump, que anteriormente ameaçava com taxas substancialmente mais elevadas.
A Comissão Europeia considerou que “alcançou a meta” ao conseguir um pacto que oferece “estabilidade e previsibilidade”, descrevendo-o como o “cenário mais favorável” concedido por Washington a um parceiro comercial.
No entanto, a medida é vista como parte de uma estratégia protecionista mais ampla para fortalecer a indústria americana. Para setores como o metalúrgico e metalomecânico, o acordo, apesar de clarificar as regras, implica uma adaptação a novas barreiras.
Rafael Campos Pereira, da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), já havia alertado que esta política comercial “restringe fortemente” o acesso ao mercado norte-americano. A tarifa de 15% aplica-se a produtos industriais, automóveis e semicondutores, mas o acordo também prevê a eliminação de tarifas sobre outros produtos e um acesso preferencial para bens agrícolas e do mar dos EUA ao mercado europeu, refletindo a complexidade e as concessões mútuas da negociação.













