Esta mudança estratégica não é um caso isolado.

O CEO da Portocargo, Mário de Sousa, alertou que as tarifas criam “grandes dúvidas” e um “afrouxamento das transações”, uma vez que a incerteza sobre futuras taxas dificulta o planeamento a longo prazo. A instabilidade afeta também grandes negócios, como a potencial venda de até 500 aviões da Boeing à China, um acordo que depende do abrandamento das tensões comerciais.

O pessimismo é partilhado pelos diretores financeiros em Portugal, onde 63% identificam impactos nas cadeias de abastecimento devido à instabilidade geopolítica.

Este cenário de disrupção obriga as empresas a adotar modelos de sourcing mais resilientes e a procurar alternativas regionais, transformando a gestão da cadeia de valor numa prioridade estratégica para navegar num comércio global em constante mutação.