Um estudo da Deloitte revela que o pessimismo entre os diretores financeiros (CFOs) está a aumentar, com 44% dos CFOs portugueses a manifestarem uma visão mais cautelosa, quase o dobro dos 23% registados no outono anterior.

Os riscos geopolíticos, incluindo as tarifas, surgem como a principal preocupação.

Este sentimento de incerteza propaga-se a vários setores.

No mercado publicitário, as “tarifas, transportes e fretes” são citados como fatores de instabilidade que afetam o investimento das marcas.

A ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, também reconheceu o impacto negativo da “guerra comercial” na competitividade europeia.

A preocupação é partilhada por instituições como o Banco Central Europeu, cuja presidente, Christine Lagarde, alertou que o crescimento do bloco europeu será impactado pela adoção de tarifas e pela normalização dos fluxos comerciais.

Esta conjuntura de imprevisibilidade obriga as empresas a adotarem uma postura mais defensiva, com a redução de custos a ganhar prioridade sobre o crescimento orgânico, e demonstra como as tensões comerciais transcendem setores específicos, minando a confiança económica de forma transversal.