A medida, no entanto, gerou um misto de alívio e apreensão em diversos setores económicos.
O acordo surge num contexto de tensões comerciais intensificadas pela administração Trump, que implementou uma abordagem protecionista.
Para a Comissão Europeia, o pacto representa uma vitória diplomática, com o comissário para o Comércio, Maroš Šefčovič, a afirmar que a UE "alcançou a meta".
A principal vantagem apontada é o fim da incerteza que pairava sobre as empresas exportadoras.
No entanto, o impacto da tarifa de 15% não é uniforme.
Setores como o do vinho e o farmacêutico manifestaram-se "apreensivos", temendo uma perda de competitividade no mercado norte-americano.
A antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, comentou que "a parte da guerra comercial não ajuda ninguém, nem do lado de cá nem do lado de lá", refletindo a preocupação generalizada com os efeitos negativos do protecionismo.
Em contraste, a indústria da cortiça portuguesa celebrou a sua isenção, um desenvolvimento que impulsionou as ações da Corticeira Amorim, que valorizaram mais de 5% após o anúncio.
O acordo também abrangeu áreas como o aço e o alumínio, embora com especificidades que continuam a gerar preocupação no setor metalúrgico.
Para a economia alemã, fortemente exportadora e já a enfrentar uma estagnação, a nova carga alfandegária, especialmente no setor automóvel, representa um desafio adicional significativo.













