Os líderes da indústria sentem que lhes está a ser pedido que se transformem "de mãos atadas". Numa carta dirigida à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, os presidentes da ACEA e da CLEPA expressaram a sua "frustração com a falta de um plano político abrangente e pragmático para a transformação da indústria automóvel". A tarifa de 15% sobre as exportações de veículos da UE para os EUA é um dos vários desafios apontados, a par da dependência "quase total" da Ásia para a cadeia de valor das baterias, dos custos de fabrico mais elevados na Europa e de uma distribuição desigual da infraestrutura de carregamento. Como resultado, a quota de mercado dos veículos elétricos a bateria permanece baixa.

A situação é particularmente grave na Alemanha, motor da indústria automóvel europeia, que num ano cortou mais de 50.000 empregos no setor, o equivalente a 7% do total, em parte devido à "guerra comercial" iniciada por Donald Trump.

As associações defendem que a trajetória de redução de CO2 seja recalibrada para salvaguardar a competitividade industrial e apelam a regulamentações europeias mais simples e a investimentos estratégicos para reduzir as dependências externas.