Segundo o vice-presidente executivo da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, esta política comercial "restringe fortemente" o acesso ao mercado norte-americano e visa "proteger" a indústria local.

Embora a exposição direta do setor português ao mercado dos EUA seja de apenas 3%, existe um "potencial impacto negativo" significativo através das exportações indiretas para mercados como Alemanha, França e Itália, que por sua vez exportam para os EUA. A queda de 15% nas exportações diretas já é um sinal claro das dificuldades.

A incerteza é agravada por mensagens contraditórias.

A declaração conjunta da UE e dos EUA mencionou a intenção de cooperar para proteger os mercados do excesso de capacidade, incluindo "soluções de quotas tarifárias". No entanto, o conselheiro de comércio de Donald Trump, Peter Navarro, foi categórico ao afirmar que Washington não concederá isenções tarifárias ao aço e alumínio da UE, declarando que "não haverá isenções".

Esta dualidade de discursos deixa o setor num limbo, incapaz de planear a longo prazo e a enfrentar uma concorrência desleal num mercado estratégico.