A manutenção de barreiras comerciais é vista como um obstáculo para um setor que gera prosperidade e tem uma forte presença no mercado norte-americano. O acordo comercial, que estabelece uma tarifa geral de 15% para a maioria dos produtos da UE, não contemplou uma exceção para o vinho, ao contrário do que aconteceu com a cortiça, os medicamentos genéricos e as peças de aviação. Esta decisão deixou os produtores vinícolas europeus "desapontados" e "apreensivos", uma vez que a nova taxa alfandegária irá incidir sobre as suas exportações para um dos seus mercados mais importantes. As empresas do setor consideram "urgente" a eliminação desta tarifa para proteger uma indústria que não só tem um peso económico significativo, mas também um forte valor cultural e de sustentabilidade. A manutenção da tarifa de 15% significa que os vinhos europeus se tornarão mais caros para os consumidores americanos, o que poderá levar a uma perda de quota de mercado para produtores de outras regiões do mundo que não enfrentam as mesmas barreiras. A esperança do setor reside agora na continuidade das negociações entre Bruxelas e Washington para que, no futuro, se possa alcançar uma isenção semelhante à de outros produtos estratégicos.