Em contrapartida, a UE compromete-se a eliminar os direitos aduaneiros sobre todos os produtos industriais norte-americanos e a dar acesso preferencial a uma vasta gama de produtos agrícolas e do mar.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfatizou que o acordo visa restabelecer a “estabilidade e previsibilidade no comércio e investimento”, numa estratégia de contenção de danos para impedir uma escalada na guerra comercial.

No entanto, a análise dos termos revela um pacto desequilibrado, com cedências substanciais por parte da UE.

A teoria económica sugere que as tarifas criam perdas de bem-estar para todos os envolvidos, e este acordo não será exceção, penalizando a médio e longo prazo a inovação, o investimento e a produtividade.

A economia norte-americana poderá ter ganhos a curto prazo, mas os efeitos dinâmicos negativos prevalecerão, resultando numa alocação de recursos menos eficiente a nível global.

Para a Europa, o acordo representa um desafio imediato à competitividade dos seus produtos e um teste à sua capacidade de navegar num novo mapa comercial global.