Esta medida restritiva, que faz parte do novo acordo comercial EUA-UE, visa proteger a indústria norte-americana, com impactos diretos nas exportações nacionais. Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da AIMMAP, considera que esta política comercial “restringe fortemente” o acesso ao mercado dos EUA.
A medida afeta uma “exportação de elevado valor acrescentado” que se baseava na “confiança dos parceiros americanos na qualidade, inovação e incorporação tecnológica das empresas do Metal Portugal”.
O impacto já é visível, com as exportações diretas do setor para os Estados Unidos a registarem uma queda de cerca de 15% no primeiro semestre do ano. Embora a exposição direta do setor ao mercado norte-americano seja de apenas 3%, existe um “potencial impacto negativo” indireto, através das cadeias de valor europeias, nomeadamente com parceiros na Alemanha, França e Itália. O acordo comercial admite a possibilidade de futuras negociações para a implementação de “contingentes pautais com taxas inferiores”, mas, para já, a realidade para as empresas portuguesas é a barreira de 50%, um choque que poderá ser severo para as empresas mais expostas e que limita a sua competitividade num mercado crucial.













