A decisão surge na sequência da revogação, por parte da administração Trump, da isenção de taxas alfandegárias para mercadorias com valor inferior a 800 dólares, uma medida que afeta diretamente o comércio eletrónico e as exportações postais.
Até agora, as importações abaixo deste valor, conhecidas como “de minimis”, não pagavam tarifas.
A partir de 29 de agosto, passarão a ser aplicadas taxas entre 80 e 200 dólares por cada artigo.
A justificação da Casa Branca para esta medida é “fechar uma brecha catastrófica utilizada, entre outras coisas, para evitar impostos alfandegários e enviar opióides sintéticos e outros produtos perigosos”.
A decisão teve um impacto imediato, com os CTT a desvalorizarem 43 milhões de euros em bolsa em apenas dois dias.
A suspensão dos serviços postais não é exclusiva de Portugal; operadores como os da Áustria, Bélgica, Noruega e Espanha tomaram medidas semelhantes.
A DHL, por exemplo, limitou o envio de encomendas de particulares a “presentes” com valor até 100 dólares. Para os CTT, a suspensão durará “o tempo estritamente necessário para a implementação das alterações” necessárias para cumprir o novo regime, afetando um negócio que, no primeiro semestre, viu a área de expresso e encomendas gerar 270,6 milhões de euros de receita.













