Esta medida protecionista, justificada pelos EUA com base na segurança nacional, restringe severamente o acesso das empresas europeias, incluindo as portuguesas, a um mercado fundamental.
A Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) alertou que esta política comercial “restringe fortemente” o acesso ao mercado norte-americano, visando proteger a indústria local.
Segundo Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da AIMMAP, embora a tarifa geral de 15% afete alguns produtos de aço, a taxa de 50% aplica-se a muitos outros, representando um choque severo para as empresas do setor. Embora a exposição direta do setor metalúrgico português ao mercado dos EUA seja de apenas 4,8%, o impacto indireto é significativo, afetando as exportações para outros países europeus que, por sua vez, exportam para os EUA. A declaração conjunta do acordo admite a possibilidade de negociações futuras para a criação de “contingentes pautais com taxas inferiores”, mas, para já, a tarifa de 50% permanece em vigor, gerando incerteza e penalizando a competitividade da indústria metalúrgica europeia.
Esta barreira comercial é um dos pontos mais contenciosos do acordo, refletindo a postura protecionista da administração norte-americana em setores que considera estratégicos.













