Enquanto países como Brasil, China, Índia e México enfrentam tarifas penalizadoras que variam entre 25% e 50%, o calçado português consegue posicionar-se de forma mais atrativa.
Este contexto favorável tem sido um motor para o desempenho positivo do setor, que registou um crescimento de 3,7% em valor e 5,4% em quantidade nas exportações no primeiro semestre de 2025, totalizando 843 milhões de euros.
Segundo Luís Onofre, presidente da APICCAPS, “a indústria portuguesa tem vindo a ganhar quota face aos principais ‘players’ internacionais”.
Apesar de uma quebra homóloga de 6,4% nas vendas para os EUA no primeiro semestre, o setor iniciou uma trajetória de recuperação, e a associação encara o mercado como uma “prioridade”.
A crescente procura por produtos “premium, sustentáveis e com história” nos EUA alinha-se com a proposta de valor do calçado português.
O investimento de mais de 100 milhões de euros no âmbito do PRR, focado em automação e sustentabilidade, visa consolidar Portugal como uma “sólida alternativa à produção massificada e ambientalmente insustentável”.
Em contraste, concorrentes diretos como a China, Itália e Espanha registaram quebras nas suas exportações, reforçando a oportunidade para a indústria nacional se afirmar decisivamente no mercado global.













