A decisão surge como resposta direta à entrada em vigor de novas tarifas alfandegárias norte-americanas que eliminam uma isenção anterior e impõem taxas entre 80 e 200 dólares por artigo com valor inferior a 800 dólares.
A medida, justificada pela administração Trump como uma forma de “fechar uma brecha catastrófica utilizada, entre outras coisas, para evitar impostos alfandegários”, teve um impacto imediato no negócio postal.
Os CTT afirmaram que a suspensão durará “o tempo estritamente necessário para a implementação das alterações” exigidas pelo novo regime.
A decisão dos CTT segue uma tendência de outros operadores postais europeus, como a alemã DHL e a espanhola Correos, que também limitaram os seus serviços.
O impacto económico foi sentido de imediato, com as ações dos CTT a desvalorizarem 43 milhões de euros em bolsa nos dois dias seguintes ao anúncio. A área de negócio de expresso e encomendas é crucial para a empresa, representando 45% das suas receitas e tendo faturado 270,6 milhões de euros no primeiro semestre de 2025. A suspensão afeta particularmente o comércio eletrónico e as pequenas empresas que dependem dos serviços postais para exportar produtos de baixo valor, como os de beleza e higiene, que representam quase 90% do que Portugal envia para os EUA através desta via.













