A indústria apela a uma rápida implementação da redução tarifária acordada, de 27,5% para 15%, para mitigar perdas financeiras significativas e restaurar a estabilidade no comércio transatlântico. As associações de fabricantes (ACEA) e fornecedores (CLEPA) de automóveis descreveram a nova pauta de 15% como "onerosa", sublinhando o impacto negativo na competitividade da indústria. Numa carta conjunta a Ursula von der Leyen, os líderes do setor manifestaram a sua frustração com a "falta de um plano político abrangente e pragmático" para a transformação da indústria. A presidente da associação da indústria automóvel da Alemanha (VDA), Hildegard Müller, reforçou a urgência da situação, afirmando que "os atuais altos encargos adicionais significam perdas consideráveis" e que "o tempo é essencial para dar alívio rápido às empresas".

Bruxelas estima que a descida tarifária poderá gerar poupanças superiores a 500 milhões de euros para os construtores.

A pressão pautal agrava um cenário já complexo para a indústria alemã, que num ano cortou mais de 50.000 empregos, o equivalente a 7% do total no setor, uma situação atribuída em parte à "guerra comercial do presidente dos EUA, Donald Trump".

A Porsche, por exemplo, sentiu um forte impacto nos seus lucros devido a estas tarifas, ilustrando as consequências diretas da política comercial norte-americana nos resultados das empresas europeias.