A medida visa proteger a indústria europeia, mas levanta questões sobre o impacto nos preços para o consumidor e na transição ecológica.
A investigação, iniciada em outubro de 2023, concluiu que os fabricantes chineses beneficiam de apoios substanciais, como "empréstimos bonificados com garantia estatal", "cedência de terrenos e zonas industriais em condições vantajosas" e "benefícios fiscais". Em resposta, a UE aplicou, desde outubro de 2024, tarifas que variam consoante o fabricante: 17% para a BYD, cerca de 20% para a Geely e até 35% para a SAIC (MG).
Estas pautas têm uma duração prevista de cinco anos.
A medida reflete a preocupação de Bruxelas com a concorrência desleal, que ameaça a indústria automóvel do continente.
No entanto, a decisão coloca a UE perante um dilema: por um lado, a necessidade de proteger os seus fabricantes; por outro, o risco de encarecer os veículos elétricos para o consumidor europeu, o que poderia abrandar a transição para uma mobilidade mais sustentável. A China domina 70% da produção global de baterias, e embora a Europa tenha capacidade tecnológica, tardou a ativar uma estratégia industrial integrada, correndo agora o risco de depender de terceiros.
A situação é descrita como uma "batalha industrial, económica e estratégica" que já começou.













