Durante o seu mandato, o presidente Donald Trump acusou Pequim de desvalorizar artificialmente o yuan para beneficiar as suas exportações, um tema que permanece central nas negociações comerciais.

Embora tenha havido um adiamento na aplicação de novas tarifas sobre produtos chineses para permitir a continuação das negociações, a incerteza persiste.

A economia alemã, fortemente dependente das exportações, tem sido particularmente afetada por esta guerra comercial.

O abrandamento da procura chinesa e as barreiras no mercado americano contribuíram para a estagnação económica e para cortes de empregos em setores-chave. A plataforma de comércio eletrónico Temu, detida pelo grupo chinês PDD Holdings, também sentiu o impacto, com o seu crescimento de receitas a abrandar de 10% para 7% no segundo trimestre, uma desaceleração atribuída às tarifas norte-americanas.

Em resposta, a Temu suspendeu temporariamente os envios diretos da China para os EUA, retomando-os apenas após a finalização do acordo comercial.

A situação cambial acrescenta outra camada de complexidade, com o yuan a atingir o seu valor mais alto face ao dólar desde a eleição de Trump, o que, segundo analistas, pode ser um "sinal para os Estados Unidos" de que a China não pretende desvalorizar a sua moeda.