Um inquérito realizado pela AICEP e pela DGAE revela que, embora 93% das empresas inquiridas exportem, a sua expansão é limitada por entraves burocráticos e fiscais.

Fora da UE, 60% das empresas reportaram barreiras à exportação, com o Reino Unido e os EUA a serem os mercados mais problemáticos.

As formalidades aduaneiras são o principal obstáculo, seguidas das tarifas, da logística e da dificuldade em aceder a informação fiável.

O Brasil destaca-se como o mercado que mais frequentemente inviabiliza negócios, com 36% das empresas a afirmarem não conseguir exportar para o país devido às barreiras existentes.

Internamente, os desafios também são relevantes.

Uma em cada cinco empresas aponta barreiras à exportação dentro de Portugal, sendo o seguro de crédito e o IRC (nomeadamente a dificuldade de acesso a benefícios fiscais) os entraves mais críticos. A falta de técnicos especializados em internacionalização e as dificuldades no acesso a apoios públicos foram também mencionadas por mais de metade das empresas. O relatório conclui que a internacionalização continua a ser um processo desigual e recomenda que os resultados sirvam de base para a criação de políticas públicas mais eficazes, que reforcem o apoio às empresas no combate a estas barreiras.