A situação evidencia a vulnerabilidade da indústria têxtil portuguesa às tensões comerciais globais, com consequências diretas no emprego e na estabilidade das empresas.
A administração do grupo, ao anunciar o encerramento de duas unidades fabris e a dispensa de cerca de 400 trabalhadores, apontou um conjunto de fatores para justificar a decisão, incluindo os problemas decorrentes da pandemia, os custos da energia, a inflação e "a imposição de tarifas por parte dos EUA". Esta medida insere-se num contexto mais vasto de crise no Vale do Ave, onde outras empresas importantes do setor também enfrentam dificuldades.
A Polopiqué interpôs Processos Especiais de Revitalização (PER) para duas das suas sociedades e pedidos de insolvência para outras duas, que acumulavam prejuízos. O fundador da empresa, Luís Guimarães, afirmou numa comunicação aos trabalhadores que a decisão de encerrar a unidade de tecidos é "uma medida necessária para proteger a Polopiqué" e salvaguardar centenas de outros postos de trabalho.
O caso ilustra como as políticas comerciais internacionais podem ter um impacto severo e direto no tecido industrial, agravando problemas estruturais e acelerando processos de reestruturação dolorosos.













