Fabricantes como a Polestar, Porsche e Lotus já reportam perdas financeiras significativas atribuídas a pressões tarifárias.

O novo entendimento prevê a redução da tarifa sobre os automóveis europeus de 27,5% para 15%, uma medida que a associação da indústria automóvel alemã (VDA) considera um “alívio rápido” que poderá gerar poupanças superiores a 500 milhões de euros para os construtores. Hildegard Müller, presidente da VDA, sublinhou que “o tempo é essencial para dar alívio rápido às empresas nesta área”.

No entanto, o acordo implica a eliminação total das tarifas da UE sobre os veículos norte-americanos, aumentando a concorrência no mercado interno europeu.

O impacto financeiro das tensões comerciais já é visível.

A Polestar atribuiu o aumento de 128% nos seus custos de vendas, em parte, ao “aumento de tarifas”, o que contribuiu para um prejuízo de 1,193 mil milhões de dólares no primeiro semestre. Da mesma forma, a Porsche reportou uma quebra de 91% no lucro operacional no segundo trimestre, com um “forte impacto vindo das tarifas dos EUA”. A Lotus também mencionou “o impacto negativo das tarifas nas entregas de carros desportivos na América do Norte” para justificar a quebra nas vendas.

Esta conjuntura de alívio pautal parcial e concorrência acrescida obriga os fabricantes europeus a uma reavaliação estratégica num mercado global em profunda transformação.