Empresas como a Asus e a Apple estão a diversificar a sua produção para fora da China para evitar os custos adicionais, num movimento que redefine o mapa da manufatura tecnológica. A multinacional de tecnologia Asus tomou medidas proativas em resposta às tarifas sobre importações da China, transferindo mais de 90% da sua produção de motherboards e computadores destinados aos EUA para países como Tailândia, Vietname e Indonésia. Segundo Nick Wu, diretor financeiro da empresa, esta deslocalização visa evitar as pautas que incidem sobre componentes de aço, alumínio e, potencialmente, semicondutores.
Esta estratégia não é isolada.
A Apple anunciou um investimento de 600 mil milhões de dólares para reforçar a produção nos EUA, aprofundando a relação com fornecedores americanos no âmbito do seu American Manufacturing Program (AMP). O objetivo é criar uma cadeia de abastecimento completa em solo norte-americano, com a meta de fabricar mais de 19 mil milhões de chips para os seus produtos até 2025.
O novo acordo comercial UE-EUA também contempla tarifas de 50% sobre semicondutores, confirmando que a tecnologia está no centro das disputas comerciais.
Estas medidas estão a impulsionar uma tendência global de diversificação das cadeias de produção, com as empresas a procurar reduzir a sua dependência da China e a mitigar os riscos associados a barreiras comerciais.














