A Polestar, marca sueca de veículos elétricos, anunciou um prejuízo líquido de 1,193 mil milhões de dólares no primeiro semestre, um aumento de 130% face ao ano anterior. A empresa atribui diretamente o agravamento das suas contas ao "aumento de tarifas" e à pressão sobre os preços, num mercado cada vez mais desafiante. Apesar de um forte crescimento das receitas em 56,5%, para 1,423 mil milhões de dólares, impulsionado por um maior volume de vendas, a Polestar viu os seus prejuízos dispararem. A empresa foi clara ao identificar as causas, afirmando que o aumento de 128% nos custos de vendas se deve, entre outros fatores, ao “aumento de tarifas”. Esta pressão tarifária, juntamente com a desvalorização do modelo Polestar 3 e maiores custos de produção, penalizou severamente as margens da empresa.
O impacto é tão significativo que o objetivo de atingir o ponto de equilíbrio financeiro, anteriormente previsto para 2025, está agora “em suspenso devido ao impacto das tarifas nos vários setores”.
A situação da Polestar ilustra um desafio crescente para a indústria automóvel, especialmente para os fabricantes de veículos elétricos que operam num mercado globalizado e altamente competitivo.
As barreiras comerciais estão a tornar-se um fator crítico que pode anular os ganhos de eficiência e o crescimento das vendas, comprometendo a viabilidade financeira das empresas a longo prazo.
Em resumoO caso da Polestar exemplifica como as tarifas comerciais podem anular os benefícios do crescimento das vendas, aumentando os custos de forma desproporcional e resultando em perdas financeiras substanciais. Esta situação coloca em risco os objetivos de rentabilidade da empresa a médio prazo num setor já pressionado.