Analistas como Ricardo Evangelista, da ActivTrades Europe, consideram o acordo uma "capitulação da União Europeia a Donald Trump", que aceitou as condições "sem obter nada em troca".

A consultora Oxford Economics estima que a tarifa de 15% aumentará o preço das exportações europeias na mesma proporção, o que deverá levar a uma contração da procura por parte dos consumidores norte-americanos. Esta situação coloca uma pressão acrescida sobre as empresas europeias, especialmente as de menor solidez financeira, que poderão ver o seu risco de crédito comercial agravado.

A AICEP, agência portuguesa para o comércio externo, lançou um estudo para analisar as dinâmicas comerciais neste novo contexto, sublinhando os desafios que se colocam à atividade internacional das empresas.

A decisão norte-americana é vista como um reflexo de uma política económica protecionista que visa fortalecer a produção interna, mas que, segundo vários analistas, arrisca desestabilizar as cadeias de valor globais e prejudicar parceiros comerciais históricos.

A reação dos mercados e das indústrias evidencia a preocupação com uma possível escalada de tensões e o impacto negativo no crescimento económico global.