A medida afeta diretamente indústrias vitais como o aço, alumínio, cobre, automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos, com o objetivo de proteger a produção norte-americana e reduzir a dependência de importações.\n\nA imposição destas tarifas punitivas é um dos aspetos mais gravosos do acordo, com potencial para reconfigurar as cadeias de abastecimento globais.
A Crédito y Caución alerta que este cenário coloca em risco a procura de exportações europeias e aumenta a pressão sobre as empresas com menor solidez financeira.
A AICEP, no seu estudo sobre o novo contexto comercial, destaca os desafios específicos para setores como o automóvel e a maquinaria, que enfrentam um protecionismo crescente.
A decisão de aplicar uma tarifa tão elevada a produtos farmacêuticos e semicondutores evidencia a intenção da administração norte-americana de fortalecer a sua autonomia em áreas críticas para a segurança nacional e inovação tecnológica. A medida já está a provocar reações, como a da Rio Tinto, uma das maiores produtoras mundiais de alumínio, que, perante a tarifa de 50%, passou a considerar mais económico comprar o metal a rivais nos EUA para revenda no mercado local, em vez de o importar do Canadá.
Embora este exemplo não seja europeu, ilustra o tipo de distorção que as tarifas podem criar, penalizando produtores externos e alterando drasticamente a lógica comercial estabelecida.














