O setor automóvel europeu enfrenta um período de forte pressão devido às novas políticas tarifárias, que estão a impactar a rentabilidade e as perspetivas de exportação. O recente acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, que prevê tarifas de até 50% sobre automóveis, é uma das principais fontes de preocupação. Empresas como a Polestar já sentem os efeitos diretos, tendo reportado um prejuízo líquido superior a mil milhões de dólares, atribuindo o aumento dos custos de vendas, em parte, ao "aumento de tarifas".
A situação é particularmente sentida na Alemanha, pilar da indústria automóvel do continente.
Segundo o Instituto de Pesquisa Económica (ifo), embora o sentimento geral da indústria tenha melhorado em agosto, as expectativas de exportação agravaram-se. Anita Wölfl, especialista do ifo, destacou que, "dada a importância do mercado americano para os fabricantes de automóveis e fornecedores alemães, as tarifas negociadas de 15% são ainda dolorosas". Esta perceção reflete a vulnerabilidade de um setor fortemente dependente do comércio internacional, que agora enfrenta barreiras significativas num dos seus principais mercados.
A combinação de custos crescentes, devido às tarifas, e a incerteza sobre futuras políticas comerciais cria um ambiente desafiador para os fabricantes europeus, que são forçados a reavaliar as suas estratégias de produção e de mercado para manter a competitividade.
Em resumoAs novas barreiras tarifárias, em especial as impostas pelos EUA, estão a penalizar severamente o setor automóvel europeu. Desde o aumento dos custos operacionais para fabricantes de veículos elétricos como a Polestar, até ao pessimismo nas exportações da indústria alemã, as tarifas representam um obstáculo significativo à rentabilidade e ao crescimento do setor.