A Comissão Europeia já transmitiu os textos do acordo ao Conselho e ao Parlamento Europeu para discussão, um passo crucial para a sua ratificação.

Este acordo é visto como uma resposta estratégica para mitigar o impacto das tarifas norte-americanas, oferecendo às empresas europeias uma vantagem competitiva num mercado com mais de 700 milhões de consumidores. A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) saudou o avanço do processo e apelou a uma rápida ratificação, sublinhando que o entendimento "será particularmente relevante para as PME portuguesas". Segundo as estimativas da Comissão Europeia, o tratado poderá aumentar as exportações anuais da UE para o Mercosul em até 39%, o que equivale a cerca de 49 mil milhões de euros. O acordo prevê a redução de tarifas em setores como automóveis (atualmente com taxas de 35%), maquinaria e produtos farmacêuticos. Para o setor agroalimentar, a previsão é de um crescimento de pelo menos 50% nas exportações, com salvaguardas para proteger os produtores europeus de um aumento prejudicial das importações.