A estratégia da Casa Branca já está a provocar reações na indústria tecnológica global.

Trump foi claro ao afirmar que empresas como a Apple poderão evitar as taxas se se comprometerem a construir unidades de produção nos EUA. “Se construir [fábricas] nos Estados Unidos ou se se comprometer a fazê-lo, não terá de pagar”, declarou o presidente.

Em resposta a este ambiente de crescente protecionismo, várias empresas já estão a reajustar as suas cadeias de abastecimento. A Asus, por exemplo, transferiu mais de 90% da sua produção de motherboards e computadores destinados ao mercado americano da China para países do Sudeste Asiático, como Tailândia e Vietname, numa tentativa de se precaver contra futuras tarifas. A medida insere-se num contexto mais vasto de rivalidade comercial, particularmente com a China e Taiwan, os principais produtores de semicondutores. O novo acordo comercial entre a UE e os EUA também identifica os semicondutores como um setor crítico, sujeito a uma tarifa elevada de 50%, o que demonstra uma convergência de políticas protecionistas no Ocidente para este setor tecnológico estratégico.