A tarifa, embora represente um custo, é consideravelmente inferior à aplicada a países concorrentes, criando uma vantagem competitiva para o produto nacional.
Num cenário de tensões comerciais, o acordo aduaneiro entre a União Europeia e os EUA estabeleceu uma taxa de 15% sobre os produtos europeus, o que inicialmente gerou preocupação.
No entanto, para o setor do calçado português, a medida revelou-se potencialmente vantajosa.
Concorrentes diretos como a China enfrentam tarifas de 30%, enquanto o Brasil e a Índia são penalizados com 50% e o México com 25%.
Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS, sublinhou que, “na cena competitiva internacional nós até ficámos relativamente bem posicionados”.
Esta diferença tarifária permite que o calçado português, já reconhecido pela sua qualidade, se torne mais competitivo em preço.
A associação setorial ambiciona colocar os EUA no “top três” dos principais destinos de exportação até ao final da década.
O próprio Governo português, através do Secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, manifestou otimismo, afirmando que o acordo pode “abrir um cenário de aumento de competitividade”.
Algumas empresas, como a Last Studio, estão a adotar estratégias para mitigar o impacto no cliente final, absorvendo metade do custo da tarifa, enquanto outras, como a Lemon Jelly, sentem a pressão, mas mantêm o investimento no mercado norte-americano, que consideram fundamental para o seu crescimento.














