Num momento de crescente protecionismo, a Comissão Europeia apresentou os textos do acordo ao Conselho e ao Parlamento, um passo saudado por líderes como António Costa, que afirmou que a UE “é mais forte quando estabelece acordos equilibrados”.
O pacto promete benefícios significativos, com a eliminação ou redução de tarifas elevadas em setores chave.
As exportações de automóveis da UE, que enfrentam taxas de 35% no Mercosul, bem como as de maquinaria (14-20%) e produtos farmacêuticos (até 14%), seriam largamente beneficiadas. Para Portugal, o setor agroalimentar, que atualmente enfrenta tarifas de até 55%, vê uma “excelente oportunidade de negócio”, segundo a AEP e a CIP. O acordo prevê a proteção de 36 Indicações Geográficas (IG) portuguesas, incluindo o Azeite de Moura e o Vinho do Porto, o que pode aumentar a receita, dado que produtos com IG têm um preço de venda superior.
Para proteger os agricultores europeus, o acordo inclui “fortes salvaguardas” e quotas para a importação de produtos sensíveis como carne bovina.
A iniciativa é também uma resposta geopolítica, permitindo à Europa reduzir a sua dependência de parceiros como os EUA e a China.














