Esta política está a levar gigantes da tecnologia a reavaliar as suas cadeias de produção para evitar os novos custos.

Durante um jantar com executivos de topo do setor tecnológico, o presidente Donald Trump anunciou que as tarifas seriam impostas “muito em breve”, reforçando a sua estratégia de protecionismo industrial.

A medida visa pressionar empresas como a Apple a transferirem a sua produção para solo americano, sob a promessa de isenção tarifária para quem o fizer.

“Se construir [fábricas] nos Estados Unidos ou se se comprometer a fazê-lo, não terá de pagar”, declarou Trump.

A iniciativa surge num contexto de forte rivalidade geopolítica com a China e Taiwan, principais produtores de semicondutores.

A ameaça de novas tarifas já está a ter consequências.

A Asus, por exemplo, transferiu mais de 90% da sua produção de motherboards e computadores destinados ao mercado dos EUA para o Sudeste Asiático, de modo a contornar as taxas aplicadas a produtos oriundos da China. O diretor financeiro da empresa, Nick Wu, manifestou preocupação com a possibilidade de futuras tarifas sobre semicondutores, mesmo que estes não venham da China.

Esta política reflete um esforço contínuo de Washington para fortalecer a sua indústria transformadora e garantir o controlo sobre uma tecnologia considerada crítica para a segurança nacional e económica.