A decisão da UE de impor taxas adicionais sobre os veículos elétricos chineses visa combater o que considera ser concorrência desleal devido a subvenções estatais.

No caso específico da BYD, a tarifa aplicada é de 17%, somada à taxa base de 10%.

Ao produzir localmente, a empresa não só evita estas barreiras, como também reforça a sua imagem de marca europeia, com o lema "Made in Europe, for Europe".

Stella Li, vice-presidente executiva da BYD, confirmou que o objetivo é que, num prazo de "dois a três anos", todos os carros elétricos destinados à Europa sejam produzidos localmente, com planos para uma segunda fábrica na Turquia. Esta deslocalização da produção é vista por analistas como uma oportunidade para países como Portugal atraírem investimento industrial chinês, num momento em que as empresas asiáticas procuram bases operacionais dentro do mercado único para manterem a sua competitividade.