A análise detalhada mostra que a quebra foi transversal, afetando tanto produtos diretamente taxados como outros que não o foram, sugerindo uma antecipação de embarques em julho por parte das empresas para evitar a tarifa.
Setores críticos foram duramente atingidos: as exportações de minério de ferro cessaram completamente (queda de 100%), as de aeronaves e componentes recuaram 84,9%, e as de açúcares e melaço diminuíram 88,4%. Herlon Brandão, diretor de estatísticas do Mdic, afirmou ser "muito provável que isso esteja relacionado com as tarifas, que geram maior nível de preço e redução da demanda".
A medida protecionista insere-se num contexto de pressão política, com Trump a condicionar negociações ao desfecho do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma exigência rejeitada pelo Brasil.
A situação evidencia a extrema vulnerabilidade da economia brasileira a decisões unilaterais do seu parceiro comercial norte-americano.













