O acordo é visto como uma "excelente oportunidade de negócio" para as empresas portuguesas, conforme afirmou Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP. A sua relevância é amplificada num contexto de tensões comerciais, permitindo "fintar as tarifas de Trump" e reduzir a dependência de mercados como os EUA e a China.

Um dos principais benefícios será a redução ou eliminação de tarifas elevadas nos países do Mercosul, que atualmente chegam a 55% em produtos agroalimentares.

Para Portugal, isto é particularmente vantajoso para setores como o azeite, que tem no Brasil o seu principal mercado extracomunitário, e o vinho.

O acordo protegerá ainda 36 Indicações Geográficas (IG) portuguesas, como o "Azeite de Moura" e o "Vinho do Porto", contra imitações, permitindo a comercialização destes produtos a preços premium.

Além do setor agroalimentar, a indústria metalomecânica também antecipa um crescimento das vendas para mercados com "elevado potencial de desenvolvimento" como Brasil, Paraguai e Uruguai. Embora o acordo não compense totalmente as perdas decorrentes das tarifas norte-americanas, como salienta o setor têxtil, representa um "alívio" e uma oportunidade de diversificação estratégica para a economia nacional.