A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) e a Associação Nacional da Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) alertam que a situação é grave e pode piorar. Ana Dinis, diretora-geral da ATP, afirma ser "expectável que surjam mais casos de empresas com Processos Especiais de Revitalização (PER), despedimentos ou insolvências".
As associações atribuem a crise a uma quebra de encomendas nos principais mercados europeus e à concorrência de plataformas como a Shein e a Temu.
A situação foi agravada pelas "recentes medidas tarifárias da administração Trump", que, segundo Ana Dinis, "dificultaram o acesso das nossas exportações ao mercado americano" e, simultaneamente, "provocaram desvios de tráfego, com muitos concorrentes — sobretudo asiáticos — a reencaminharem produção para a Europa".
Isto resultou numa "inundação do mercado europeu com produtos de baixo preço".
Perante este cenário, o setor pede medidas como um 'lay-off' simplificado, apoio à tesouraria e ações firmes contra a concorrência desleal.














