Esta medida reflete a crescente preocupação de Bruxelas com o avanço rápido das marcas chinesas no mercado europeu, sustentado por subvenções estatais.
A decisão de aplicar taxas adicionais, que podem chegar a 35,3%, surge na sequência de uma investigação sobre concorrência desleal iniciada em 2023. Para a gigante chinesa BYD, por exemplo, a tarifa específica foi fixada em 17%, que se soma à taxa base de 10%.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, justificou a ação como uma necessidade de defesa estratégica, afirmando: “Não podemos deixar a China e outros conquistarem este mercado”.
A medida visa nivelar as condições de concorrência, uma vez que os fabricantes europeus enfrentam dificuldades para competir com os preços agressivos dos modelos chineses.
Contudo, a eficácia desta barreira é questionada por alguns analistas, que acreditam que as tarifas não serão suficientes para travar a expansão chinesa. Como refere um especialista citado pela agência Reuters, “as tarifas não vão travar os chineses”.
A ofensiva europeia é, portanto, um delicado equilíbrio entre a proteção industrial, a manutenção de relações diplomáticas com Pequim e o compromisso com uma transição energética que depende, em parte, da oferta de veículos elétricos a preços acessíveis, um segmento onde as marcas chinesas se têm destacado.












