Embora com uma redução prevista de 27,5% para 15%, estas taxas continuam a penalizar as exportações e a comprimir as margens de lucro dos fabricantes, tornando o mercado europeu ainda mais crucial para a sua sobrevivência.
Estas medidas protecionistas afetam todos os segmentos, desde os veículos de produção em massa até ao setor de luxo. Stephan Winkelmann, CEO da Lamborghini, destacou que mesmo os consumidores de produtos de alta gama são sensíveis ao aumento de preços decorrente das tarifas. “Eles são milionários ou bilionários por um motivo: sabem o que fazem e por que fazem”, afirmou, sublinhando que, embora a sua empresa prefira o livre comércio, tem de se adaptar à realidade.
“Para nós, o livre comércio é o caminho certo.
(...) Mas existe a realidade, e temos que lidar com a complexidade, já que estamos nos negócios”, acrescentou.
A pressão tarifária no mercado norte-americano, combinada com uma feroz guerra de preços na China, força os construtores europeus a focarem-se na competitividade dentro da Europa. Esta situação torna-se existencial para toda a cadeia de valor, desde os grandes grupos até aos fornecedores de componentes, que veem a sua rentabilidade ameaçada em múltiplos mercados globais e são obrigados a concentrar os seus esforços em defender a sua quota de mercado no continente.












