A decisão do governo mexicano alinha o país com outras nações que procuram proteger as suas indústrias locais da forte concorrência chinesa. Para os fabricantes da China, que já enfrentam uma investigação por concorrência desleal na União Europeia e barreiras significativas no mercado norte-americano, esta medida limita ainda mais as suas opções de exportação. A indústria automóvel chinesa, que vive uma intensa guerra de preços no mercado interno, tem procurado ativamente expandir-se para mercados externos para escoar a sua produção e garantir a sua viabilidade a longo prazo.

O aumento das tarifas mexicanas surge, assim, como um desafio adicional, forçando as empresas chinesas a reavaliar as suas estratégias para a América Latina e a procurar alternativas para contornar estas novas barreiras comerciais. Este movimento protecionista reflete uma tendência global em que os governos estão cada vez mais dispostos a utilizar tarifas para defender os seus setores estratégicos, reconfigurando as cadeias de valor e as dinâmicas do comércio internacional.