A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lidera uma ofensiva estratégica que visa garantir que os “automóveis do futuro sejam feitos na Europa”.
Esta nova postura foi evidenciada durante o Salão Internacional da Mobilidade em Munique, onde a forte presença de construtores chineses foi vista como uma demonstração de força.
Perante este cenário, líderes europeus como Oliver Blume, CEO da Volkswagen, declararam que a indústria europeia está a “passar à ofensiva”.
A estratégia da UE, delineada por Ursula von der Leyen, foca-se em proteger as empresas europeias da concorrência desleal, melhorar o acesso a matérias-primas críticas e apoiar a requalificação dos trabalhadores.
Uma das medidas mais concretas é a iniciativa ‘Small Affordable Cars’, que visa impulsionar o desenvolvimento e a produção de veículos pequenos e acessíveis no continente, um segmento onde os fabricantes europeus têm perdido terreno. A presidente da Comissão defendeu que “milhões de europeus querem comprar carros europeus acessíveis”, e que a UE “não pode deixar a China e outros conquistarem este mercado”.
Esta visão foi bem recebida por gigantes do setor como a Stellantis, cujo diretor para a Europa, Jean-Philippe Imparato, considerou a iniciativa “visionária e urgente”.
A discussão estende-se também aos fornecedores, com o CEO da Valeo, Christophe Perillat, a apoiar a ideia de uma quota mínima de componentes fabricados na Europa nos veículos produzidos no bloco, reforçando a necessidade de uma cadeia de valor resiliente e local.












