Produtores europeus nestas áreas enfrentam concorrência desleal e defendem a implementação de medidas tarifárias para garantir a sua sobrevivência e a sustentabilidade industrial.
No setor do arroz, oito Estados-membros produtores, incluindo Portugal, formaram uma aliança, a EURice, para defender a qualidade do arroz europeu e coordenar políticas que garantam uma concorrência leal.
A principal queixa prende-se com as importações de países como Mianmar e Camboja, que beneficiam de uma tarifa aduaneira preferencial nula, inundando o mercado da UE. Os produtores europeus argumentam que esta situação cria um desequilíbrio comercial, uma vez que as importações deverão atingir 1,5 milhões de toneladas, enquanto as exportações da UE não ultrapassam as 240 mil toneladas.
Defendem, por isso, a necessidade de “cláusulas de salvaguarda automáticas” e maior transparência na rotulagem para que os consumidores possam valorizar o produto europeu.
No setor do alumínio, a Associação Portuguesa do Alumínio (APAL) apelou à criação de uma taxa sobre a exportação de sucata. A preocupação surge porque a isenção de tarifas sobre a sucata nos EUA (ao abrigo da Secção 232) tornou a exportação europeia mais atrativa, drenando matéria-prima essencial para a indústria de reciclagem do continente. Com a sucata a representar entre 75% e 85% dos custos de produção, a sua escassez ameaça a viabilidade da indústria europeia e os objetivos de economia circular, uma vez que a reciclagem de alumínio consome apenas 5% da energia necessária para a produção primária.












