Enquanto a indústria têxtil enfrenta o novo encargo, os produtores de vinhos e bebidas espirituosas foram notavelmente excluídos da medida. A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) confirmou que o acordo para a aplicação de "tarifas de 15% às exportações europeias" terá um impacto adverso no setor, dado que alguns produtos beneficiavam anteriormente de taxas mais baixas.

Esta nova barreira comercial agrava as dificuldades de uma indústria já pressionada por outros fatores económicos.

Em forte contraste, o setor das bebidas espirituosas e vinhos celebrou o facto de ter ficado "de fora do acordo". Para a Casa Redondo, proprietária do Licor Beirão, a ausência de novas tarifas é uma notícia positiva, embora o seu CEO, Daniel Redondo, alerte que a falta de um acordo mais abrangente a longo prazo poderá colocar "entraves ao crescimento futuro do grupo". Esta diferenciação no tratamento tarifário evidencia a complexidade das negociações comerciais transatlânticas, onde os interesses específicos de cada setor são intensamente disputados, resultando em políticas que favorecem uns em detrimento de outros e mantêm um grau de incerteza sobre o futuro das relações comerciais.