Esta medida protecionista visa nivelar o campo de jogo para os fabricantes europeus, que enfrentam dificuldades em competir com os preços mais baixos dos modelos chineses.

Em resposta à ofensiva chinesa, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que “o futuro dos carros e os carros do futuro têm de ser construídos na Europa”, sublinhando a importância do setor como um “pilar da economia e indústria” da UE.

A estratégia de Bruxelas não se limita às barreiras comerciais; inclui também uma forte aposta no desenvolvimento de uma indústria europeia de “automóveis pequenos e acessíveis”.

Esta iniciativa, designada 'Small Affordable Cars', visa estimular a produção interna de veículos mais económicos para responder à procura dos consumidores europeus e competir diretamente com as importações. O plano de ação industrial da UE prevê investimentos significativos, incluindo 2,8 mil milhões de euros para fabricantes de baterias, com o objetivo de reforçar a soberania industrial do bloco.

Líderes da indústria, como Oliver Blume da Volkswagen e Ola Källenius da Mercedes, manifestaram o seu apoio, afirmando que o setor está a “passar à ofensiva” com investimentos recorde em eletrificação e inovação.

A Stellantis também saudou a iniciativa, realçando que carros acessíveis significam “ar mais limpo, estradas mais seguras, produção industrial aumentada e descarbonização mais rápida”.

A combinação de tarifas e incentivos à produção local reflete uma abordagem dupla para proteger o mercado europeu e garantir que a transição para a mobilidade elétrica beneficia a sua própria base industrial.