Gigantes da logística como a FedEx já antecipam perdas avultadas, enquanto estudos de consultoria revelam uma falta de preparação generalizada no tecido empresarial para lidar com o aumento dos custos. A FedEx prevê um impacto de 1.000 milhões de dólares devido ao “caos tarifário”, uma previsão baseada na redução das remessas entre a China e os EUA e no aumento dos custos de desalfandegamento.
Esta situação reflete os desafios enfrentados por todo o setor logístico, que lida diretamente com as consequências das barreiras comerciais. Um estudo recente da Bain & Company corrobora esta preocupação, revelando que quase 40% dos diretores de operações (COO) antecipam que as tarifas, por si só, irão aumentar os custos dos seus produtos em mais de 10%.
No entanto, o dado mais alarmante é que “apenas uma pequena parte das empresas (14%) está preparada para absorver este impacto”.
O estudo destaca o papel cada vez mais estratégico da área de procurement, que deixou de ser uma mera função de controlo de custos para se tornar fundamental na gestão de riscos e na inovação.
Álvaro Pires, sócio da Bain & Company, afirma que “quem investir agora [em ferramentas digitais e IA no procurement] estará mais bem posicionado para enfrentar as incertezas do mercado”.
A incerteza comercial afeta igualmente setores específicos, como a indústria náutica italiana, que viu as suas carteiras de encomendas afetadas pela instabilidade relativa às tarifas dos EUA.














