O setor enfrenta uma crise multifacetada, marcada pela quebra na procura e pela ameaça à viabilidade de muitas empresas.

Numa ação concertada, a ANIVEC e a ATP, juntamente com outras associações europeias, assinaram uma carta conjunta na Première Vision, em Paris, exigindo ações “concretas” e “rápidas”.

O presidente da ANIVEC, César Araújo, classificou a situação como “a maior fraude fiscal do século XXI”, enquanto o vice-presidente da ATP, Mário Jorge Machado, denunciou o “abuso” das regras que resulta em “concorrência desleal”.

Os signatários exigem, entre outras medidas, a aplicação imediata da reforma do Código Aduaneiro Europeu e a eliminação da isenção aduaneira para compras abaixo de 150 euros.

A esta pressão soma-se o impacto das tarifas impostas pela administração Trump.

Ana Dinis, diretora-geral da ATP, alertou que o acordo com os EUA para uma tarifa de 15% sobre as exportações europeias terá um impacto negativo, uma vez que alguns produtos têxteis eram anteriormente taxados abaixo desse valor. A associação reclama o regresso de apoios como o ‘lay-off’ simplificado e programas de formação para ajudar “empresas viáveis” a superar a atual quebra na procura, sublinhando que as linhas de crédito não são uma solução, pois as empresas em dificuldades não se podem endividar mais.