Esta medida representa um endurecimento da política comercial mexicana e alinha o país com as crescentes tensões globais no setor automóvel, particularmente em relação à China.

O anúncio, que partiu de oito agências governamentais mexicanas, faz parte de um plano mais vasto para “estabilizar” o crescimento do setor automóvel nacional entre 2025 e 2026.

A decisão de aumentar as tarifas é uma resposta direta à crescente penetração dos fabricantes chineses no mercado mexicano e surge num contexto de pressões internacionais, incluindo a investigação da União Europeia sobre subsídios chineses e as políticas protecionistas dos Estados Unidos. A medida já provocou uma reação de Pequim, que se mostrou “irritada” com o projeto de lei mexicano.

O plano do governo chinês para fortalecer a sua própria indústria automóvel identifica explicitamente os desafios externos, como as tarifas europeias e mexicanas, como obstáculos a superar. A ação do México ilustra como as disputas comerciais no setor automóvel estão a expandir-se para além do eixo EUA-UE-China, com outras economias a adotarem medidas protecionistas para defender as suas indústrias locais.

A subida drástica das tarifas poderá reconfigurar os fluxos de comércio de veículos na América do Norte e intensificar a concorrência entre os fabricantes globais que operam na região.