Segundo Fisher, a agência de controlo de fronteiras dos EUA “tem capacidade para inspecionar apenas cerca de 1% dos contentores”, o que permite a utilização de vias legais e ilegais para contornar os impostos. Além disso, Fisher rejeita a ideia de que as tarifas causam inflação generalizada, alinhando-se com a teoria de Milton Friedman de que a inflação resulta de “demasiado dinheiro a perseguir poucos bens”. Para ele, as tarifas podem aumentar o preço de alguns produtos, mas isso leva a uma redução da despesa noutros, não alterando a média geral de preços.
O verdadeiro motor da inflação, defende, é o “excesso de criação monetária pelos bancos centrais”.
Esta perspetiva é corroborada, em parte, pela postura dos próprios bancos centrais.
Jerome Powell, presidente da Fed, classificou o recente corte de juros como uma medida de “gestão de risco”, indicando que o cenário base é que o impacto inflacionário das tarifas seja “pontual”, sugerindo que a ameaça pode ser gerível e não um fator determinante a longo prazo.














