Mencionou explicitamente as "disrupções do comércio mundial agravadas pelas tarifas e guerras comerciais", alertando que "há setores que podem ser afetados pelas tarifas", o que pode "criar dificuldades adicionais aos exportadores".

Esta visão coloca as políticas comerciais no centro das preocupações macroeconómicas, reconhecendo que, para uma economia aberta como a portuguesa, o protecionismo global representa uma ameaça direta ao crescimento. Para mitigar esta vulnerabilidade, o futuro governador defendeu que "é essencial manter a disciplina fiscal nos próximos anos, para que a dívida pública continue a descer e para que tenhamos margem de manobra em caso de choques inesperados ou se a economia desacelerar".

A sua intervenção estabelece uma ligação clara entre a instabilidade comercial externa e a necessidade de uma gestão interna prudente, tratando as tarifas não como um problema setorial isolado, mas como um fator de risco sistémico que exige uma resposta ao nível da política económica nacional.